MPSP se manifesta contra ida de Cristian Cravinhos para regime aberto
Segundo promotor, Cristian ainda tem “traços disfuncionais de personalidade, caracterizados por rigidez emocional e controle excessivo”
atualizado
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São Paulo — O Ministério Público de São Paulo (MPSP) se manifestou nessa quinta-feira (30/1) contra a progressão de pena de Cristian Cravinhos ao regime aberto.
Ele foi condenado a 38 anos de prisão pelo assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen a mando da filha do casal, Suzane von Richtofen, em 2002.
A manifestação, assinada pelo promotor Gustavo José Pedroza Silva, aponta que Cristian ainda apresenta “traços disfuncionais de personalidade, caracterizados por rigidez emocional e controle excessivo”, de acordo com o resultado do teste de Rorschach, exame psicológico que avalia a personalidade, feito por ele.
O laudo psicológico aponta ainda que Cristian Cravinhos demonstra dificuldade em lidar com as emoções de forma espontânea, optando predominantemente por estratégias de racionalização e distanciamento emocional.
Segundo a nota do MPSP, “entre suas fragilidades, destaca-se uma expressão afetiva marcadamente rígida e controlada, o que compromete sua espontaneidade emocional. Cristian apresenta dificuldade em compreender e integrar suas emoções de maneira objetiva, resultando em reações que são frequentemente influenciadas por fantasias e ideias pouco realistas”, explicou a perita designada para a avaliação.
O Ministério Público de São Paulo já havia emitido parecer contrário à conversão da pena de Cristian Cravinhos para o regime aberto em agosto de 2024.