Polícia dá caso Gritzbach como esclarecido, mas ainda caça 3 foragidos
Polícia Civil de SP afirma que execução de Gritzbach é caso esclarecido, visto que já são conhecidos os envolvidos e a motivação do crime
atualizado
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São Paulo — O delegado Osvaldo Nico Gonçalves, secretário-executivo da Secretaria da Segurança Pública (SSP) paulista, afirmou à imprensa nesta quinta-feira (13/2) que a investigação sobre a execução do delator do PCC Vinícius Gritzbach está esclarecida, mas ressaltou é preciso prender três foragidos para a conclusão do inquérito.
Em entrevista coletiva, realizada na sede do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no centro de São Paulo, o delegado afirmou que Emílio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como Bill ou João Cigarreiro, e o olheiro Kauê do Amaral Coelho estão na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro.
“Todo mundo sabe. A gente já esteve lá, no Rio de Janeiro, mas a gente não tem jurisdição para entrar. Um dia a gente vai pegar”, afirmou o delegado.
Diego dos Santos Amaral, conhecido como Didi, é o terceiro procurado. Polícia acredita que ele está escondido na Bolívia: “A gente acredita que Didi está na Bolívia. O próximo o vai ser rastrear esses locais onde eles possam estar escondidos para fazer a captura”, afirmou Rogerio Barbosa Thomaz, delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Além disso, Nico, como é conhecido o delegado da Polícia Civil, contou que Cigarreiro e Didi teriam ordenado o assassinato de Gritzbach para “vingar a morte do Anselmo [o Cara Preta] e o dinheiro que foi roubado dele”.
Cumprimento de mandados
- Nesta quinta (13/2), o DHPP deflagrou uma operação para cumprir novos mandados judiciais contra envolvidos no assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach.
- Cerca de 120 agentes participaram da operação e realizaram buscas em mais de 20 endereços.
- Ao todo, foram presos 26 suspeitos, sendo: 17 policiais militares, cinco policiais civis — presos na Operação Tacitus por suspeita de elo com o Primeiro Comando da Capital (PCC), envolvimento com lavagem de dinheiro e corrupção ativa e iva — e quatro pessoas relacionadas ao Kauê, apontado como olheiro no dia da execução do delator do PCC.
- A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito que investigava a relação de policiais civis com o PCC na última quarta-feira (12/2).
- Ao todo, o documento indiciou 14 pessoas, sendo três policiais civis. Entre eles estão o delegado Fábio Baena e o investigador Eduardo Monteiro.