Empresa acusa produtora de calote em pagamento por turnê de Alok

São Paulo — A empresa Magic Drone Show de Luzes moveu uma ação de cobrança contra a Alive Produções Artísticas referente a um pagamento de turnê do DJ Alok. Ajuizado em março deste ano, o processo tramita na Vara Cível de São José dos Campos, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

O contrato previa a realização de sete shows de luzes com drones durante performances do artista no São João 2024. O valor total era de R$ 800 mil, dividido em três parcelas. No entanto, uma das sete apresentações agendadas não foi realizada.

Entenda

• O espetáculo de luzes programado para Caruaru, em Pernambuco, não ocorreu devido a interferências de radiofrequência. Uma cláusula contratual estabelecia essa possibilidade.
• No processo judicial, a Magic Drone Show apontou que aplicou uma retenção de 60% do valor correspondente ao evento não realizado. Além disso, reduziu a terceira parcela devida para R$ 234.285,72.
• A Alive Produções Artísticas quitou as duas primeiras parcelas, mas não efetuou o pagamento da última parcela, que venceu em 28 de junho 2024.
• A empresa de drones alega que tentou contato amigável para fazer a cobrança, mas sem sucesso. Por isso, recorreu à Justiça.

Na ação, a Magic Drone Show de Luzes exige o pagamento da dívida de R$ 257.648,53 com acréscimo de multa de 2% e juros de 0,033% ao dia, além das custas processuais e honorários advocatícios fixados em 20% do valor da condenação.

O Metrópoles procurou a Alive Produções Artísticas e a assessoria de imprensa de Alok. Em nota, a equipe jurídica da produtora informou estar ciente do processo e disse que todas as manifestações pertinentes serão devidamente apresentadas no âmbito judicial. Confira:

“Cumpre esclarecer que, durante a turnê de São João 2024, a empresa Magic Drone foi contratada para realizar apresentações de drones luminosos em diversos shows do artista Alok. Contudo, no evento realizado na cidade de Caruaru/PE, os drones não funcionaram, frustrando milhares de espectadores, especialmente crianças, que aguardavam com entusiasmo o espetáculo previamente anunciado.

Tal falha técnica configurou evidente descumprimento contratual por parte da prestadora de serviços, razão pela qual optamos, com total transparência, por não efetuar o pagamento referente àquela apresentação específica.

Em vez disso, revertemos o valor que seria destinado à referida empresa para uma ação social em benefício do município de Caruaru, realizando doação ao Instituto do Câncer Infantil do Agreste (ICIA). Essa iniciativa foi divulgada na imprensa local.

Confiamos na Justiça e reafirmamos nosso compromisso com a ética, a responsabilidade social e o respeito aos contratos, repudiando qualquer tentativa de distorção dos fatos.”