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USP fecha sala de acolhimento a mulheres vítimas de violência sexual

A Sala Lilás Janaína Bezerra Vive, na Escola Politécnica, era istrada pelo movimento estudantil. Diretoria alega risco de segurança

atualizado

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Reprodução/Francisca Silva
USP fecha sala de acolhimento às vítimas de violência de gênero
1 de 1 USP fecha sala de acolhimento às vítimas de violência de gênero - Foto: Reprodução/Francisca Silva

São Paulo — A Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) fechou, nessa segunda-feira (17/2), o espaço de acolhimento às mulheres vítimas de violência sexual na instituição, a Sala Lilás Janaína Bezerra Vive. A interdição do espaço se deu, segundo a diretoria da unidade, por questões de segurança da estrutura e presença de animais.

A sala foi criada pelo Movimento de Mulheres Olga Benario para ser um espaço físico de acolhimento de mulheres que sofreram algum tipo de violência sexual na universidade. Segundo declaração do movimento, a USP possui medidas insuficientes para tratar esse assunto. “Há casos de recusa [da USP] quando chamada a tomar medidas legais cabíveis a estupradores de alunas, mesmo que elas possuam medidas protetivas contra esses criminosos”, afirmam.

Segundo Naomi Asato, integrante do Movimento de Mulheres Olga Benario, a ocupação do espaço na Poli não era necessariamente fixa. A ação foi uma maneira de revelar a incapacidade da universidade de oferecer um espaço que possa acolher vítimas de violência de gênero dentro do campus.

A estudante também destaca que a declaração da diretoria da Poli para interditar a sala por falta de segurança da estrutura é pouco efetiva, já que o local estava fechado há anos e os riscos de saúde — como a presença de escorpiões e morcegos — são consequências desse abandono.

“Desde o dia que ocupamos e inauguramos a Sala Lilás, fomos nós os responsáveis por limpar todo o lixo, as tralhas e os animais no espaço. Como a USP deixa uma situação dessa se prolongar por tanto tempo, com focos de dengue e sujeira, e a a argumentar que estamos correndo risco de saúde?”.

interior da sala lilás fechada pela usp
Interior da Sala Lilás na Escola Politécnica, que já foi usada para uma reunião do movimento estudantil

“Para nós, mulheres estudantes, não é justo que haja diversos locais fechados e abandonados há anos e até uma base da Polícia Militar dentro do campus e não exista qualquer espaço físico para acolher vítimas de violência sexual”, diz Naomi.

Em nota ao Metrópoles, a Escola Politécnica afirmou que havia enviado uma notificação extrajudicial sobre o caso no dia 6 de fevereiro, estabelecendo um prazo de 6 dias úteis para a desocupação do espaço. A primeira reunião com os líderes do movimento e a diretoria da Poli aconteceu no dia 10, quando foram informados os motivos para interdição. “Trata-se de área interditada, com risco de desabamento, presença de animais peçonhentos, como aranhas, escorpiões e morcegos, que não tem a menor condição de abrigar quem quer que seja.”

Na segunda-feira, conforme orientações da Procuradoria Geral da USP, a sala foi fechada. A istração da Poli afirmou que conseguiu verba para reformar o local, que vai abrigar atividades hoje desenvolvidas no prédio da Engenharia Civil.

Ainda segundo Naomi, o movimento está em negociação sobre a realocação da sala com os dirigentes da universidade. Uma das possibilidades é utilizar a cozinha do Conjunto Residencial da USP (Crusp), local que está desativado e já foi palco de violências anteriormente. “As negociações não são fáceis, já que a Reitoria declara que o diálogo tem que ser feito com cada unidade, e cada unidade responde que a decisão tem que partir da Reitoria. No fim, nada é de fato decidido”, afirma.

A Sala Lilás Janaína Bezerra Vive

Inaugurada em novembro de 2024 pelo Movimento de Mulheres Olga Benario e o Movimento Correnteza, a Sala Lilás Janaína Bezerra Vive ocupou um espaço no campus da USP no Butantã, na Escola Politécnica. Segundo líderes, o local estava abandonado há anos e não cumpria função social.

Em um post nas redes sociais, o espaço declara que reivindica diversas medidas por parte da universidade para acolhimento de mulheres que foram vítimas de violência sexual na instituição, como aceitação de medidas protetivas e criação de um centro de referência para dar seguimento às denúncias recebidas.

Janaína Bezerra — que dá nome ao espaço — foi uma caloura do curso de jornalismo na Universidade Federal do Piauí (UFPI) que foi vítima de estupro seguido de feminicídio em 2023 dentro do campus. Somente um ano após o crime é que o agressor foi expulso da UFPI.

Violência sexual na USP

No fim de 2024, diversas alunas protestaram no campus da USP no Butantã após uma denúncia de estupro que aconteceu no conjunto residencial e outra tentativa de estupro na Praça do Relógio, ambas em agosto.

Há também um caso sendo investigado pela USP desde dezembro, do professor Alysson Mascaro, da Faculdade de Direito (FD). Alysson acumula diversas acusações de assédio e abuso sexual de alunos e já foi afastado da instituição.

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