1 de 1 Movimentação de pacientes no Hospital de Campanha da Força Aérea Brasileira, montado para combate a dengue, ao lado da UPA 1 de Ceilândia 14
- Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles
A dengue é uma doença de baixa letalidade, a maioria dos infectados se recupera espontaneamente. Porém, em casos da doença nos quais a contagem de plaquetas cai muito, o quadro pode evoluir desfavoravelmente.
As plaquetas são as células responsáveis pela coagulação do sangue, elas evitam a ocorrência de hemorragias. O patamar normal de plaquetas em um adulto fica entre 130 e 450 mil por milímetro cúbico, e em crianças, de 140 a 500 mil. Caso o índice de plaquetas esteja abaixo de 140 mil, o quadro é identificado como plaquetopenia e precisa ser orientado por um médico.
“As plaquetas caem porque os anticorpos produzidos para combater a dengue se ligam a elas. As plaquetas voltarão ao normal conforme a pessoa se recupere com hidratação, repouso e alimentação saudável”, explica o infectologista Werciley Júnior, chefe da Comissão de Controle de Infecção do Hospital Santa Lúcia.
A principal causa de morte por dengue é a insuficiência circulatória grave, também chamada de choque circulatório. O infectologista Werciley Júnior explica que a complicação ocorre quando a queda das plaquetas leva o sangue a não percorrer seu caminho habitual pelos vasos sanguíneos, os líquidos que o compõem extravasam, invadindo os tecidos ao redor.
“A dificuldade na circulação faz com que os órgãos deixem de receber a quantidade de oxigênio que precisam e, aí, pode ocorrer a falência de um deles”, detalha o especialista.
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona, para aliviar os sintomas
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas
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Sinais de que as plaquetas estão baixas
– fraqueza intensa;
– hematomas;
– pontos vermelhos na pele;
– sangramento nas gengivas e nariz,
– menstruação abundante;
– sangue nas fezes;
– sangue na urina.
– Carnes vermelhas com pouca gordura, como músculo, patinho e alcatra bovina;
– Carnes brancas, como frango e peixe;
– Ovos;
– Laticínios, como leite, iogurte natural, manteiga e queijos;
– Leguminosas, como feijão, grão-de-bico, lentilha, soja e ervilha;
– Frutas, como melancia, banana, pera, caqui e manga;
– Vegetais, como beterraba, couve, agrião, cenoura, alface, espinafre, bertalha e rúcula.
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