Jovem de 24 anos tem sinais do câncer de mama ignorados: “Nova demais”
“Agora só me resta usar meu tempo para criar boas memórias com meus filhos”, afirma jovem com câncer de mama terminal
atualizado
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A jovem inglesa Ashleigh Ellerton, hoje com 29 anos, descobriu em 2020 que tinha um câncer de mama. Aos 24 anos, ela vinha insistindo com os médicos há semanas sobre um caroço no seio e dizia estar sentindo dores. Os profissionais de saúde, porém, disseram que ela era jovem demais para ter câncer de mama, ainda mais sem histórico de doença na família.
O tumor de Ashleigh levou quatro meses para ser diagnosticado. Ela, que tinha sido mãe de seu caçula recentemente, ou por seis rodadas de quimioterapia, 15 de radioterapia e uma mastectomia para controlar a progressão do tumor. Após o tratamento intensivo, ela ficou meses sem sinais do câncer — porém, em 2022, a inglesa descobriu que a doença tinha se espalhado.
Agora, cinco anos depois, Ashleigh foi informada que já não há mais alternativas de tratamento para ela. Enfrentando metástase no fígado e na meninge (película que cobre o cérebro e a medula), ela busca arrecadar fundos para levar seus quatro filhos, com idades entre 5 e 11 anos, para eios e criar memórias para que eles se lembrem dela. “Os médicos acreditam que só tenho mais três meses de vida”, afirmou a jovem no Facebook.
Principais sintomas do câncer de mama
- Aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, nas mamas.
- Edema na pele, que fica com aparência de casca de laranja.
- Retração da pele.
- Dor.
- Inversão do mamilo.
- Descamação ou ulceração do mamilo.
- Secreção transparente, rosada ou avermelhada que sai do mamilo.
- Linfonodos palpáveis na axila.
As metástases do câncer de mama
Em 2022, a inglesa teve um problema na visícula biliar e precisou ar por uma cirurgia para controlar a infecção. Durante o procedimento, os médicos viram que o fígado dela estava tomado por células cancerígenas provenientes de uma metástase do tumor na mama. Desde então, o prognóstico dela só piorou.
Ashleigh enfrenta ainda complicações raras do câncer, como a doença leptomeníngea, que ocorre quando células cancerígenas se espalham para as meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.

Tratamento paliativo e memórias
A falta de profissionais capacitados atrapalhou ainda mais o tratamento. “Imagine ser informado de que há apenas um medicamento que pode ajudar a controlar os sintomas, mas a equipe médica diz que é difícil istrá-lo?”, desabafou ela nas redes sociais. Segundo os médicos, o risco de intervir era muito alto, e ela poderia morrer ainda mais rápido.
Diante de tantas dificuldades, após a doença atingir sua coluna vertebral, Ashleigh decidiu que não tentaria nenhum tratamento. Focando no alívio paliativo da dor, ela decidiu se dedicar a criar memórias com os filhos.
“ar tempo com meus filhos e família é minha principal prioridade”, afirmou. A mãe de Ashleigh, Stephie Allsopp, expressou profunda tristeza ao ver a filha enfrentar uma batalha tão árdua. “Estou devastada por perder minha filha, mas ainda mais porque meus netos perderão sua rocha, sua provedora, seu cobertor de conforto”, disse.
A família já foi à Disney, ao Harry Potter World, a Londres e, no Natal, fizeram o eio do Expresso Polar. “Eu gostaria que eles se lembrassem de que eu estava presente e que lutei o máximo que pude”, conclui ela.
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