Por conta da Covid-19, cidade reconhece poliamor como relacionamento legal
A medida visa possibilitar que parceiros não casados com pessoas com o novo coronavírus pudessem os visitar nos hospitais
atualizado
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Os relacionamentos poliamorosos são caracterizados como relações sexuais e afetivas entre duas ou mais pessoas, diferente da monogamia. Essa forma de união não é regularizada em diversas partes do mundo e, portanto, não é reconhecida legalmente.
Por conta disso, parceiros poliafetivos não podem fazer visitas aos hospitais caso algum deles seja diagnosticados com Covid-19, embora tenham um relacionamento sério.
Para solucionar o problema, a cidade de Somerville, nos Estados Unidos, decidiu que os relacionamentos poliamorosos serão reconhecidos como oficiais. A medida deve começar a vigorar em breve.
Assim, pessoas que não são casadas poderão visitar seus parceiros internados por contrair o novo coronavírus nos hospitais. De acordo com o conselheiro da cidade Lance Davis, cargo que equivale a uma espécie de vereador, a mudança é inédita nos EUA.
“As pessoas vivem em relacionamentos poliamorosos há anos e, provavelmente, têm uma ligação. No momento, nossas leis negam essa existência e isso não me parece o caminho certo para escrever leis”, disse Davis, em entrevista à CNN.
No Brasil, a bigamia é considerada crime. Portanto, pessoas com relacionamentos poliafetivos não podem se casar, nem no âmbito religioso, nem no civil. Segundo o artigo 235 do Código Penal, se pessoas já casadas consagrarem o matrimônio novamente, podem pegar entre dois e seis anos de reclusão.