Veja qual suplemento reduz açúcar no sangue e aumenta o ganho de massa
Este suplemento, conhecido pelos benefícios na musculação, pode ser um aliado dos diabéticos. Nutricionista explica
atualizado
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Em um cenário no qual a diabetes tipo 2 afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, um suplemento amplamente utilizado por atletas, a creatina, tem se destacado em estudos por suas potenciais vantagens no controle da glicemia.
Segundo o nutricionista Clayton Camargos, a substância pode oferecer mais do que benefícios físicos, com efeitos positivos sobre a saúde metabólica. “A creatina tem sido estudada recentemente como uma ferramenta útil para a regulação glicêmica, especialmente quando associada à prática regular de exercícios físicos”, afirma Camargos.
O suplemento, que já é conhecido por melhorar o desempenho atlético, também atua na captação de glicose pelos músculos, facilitando o transporte dessa energia vital para dentro das células. “Isso resulta em uma redução significativa da glicemia de jejum e da hemoglobina glicada, aspectos cruciais para o controle da diabetes tipo 2”, completa o especialista.
Segundo o profissional, estudos sugerem que a combinação de creatina com atividades de resistência, como a musculação, pode ser particularmente benéfica para indivíduos com diabetes. “Essa combinação ajuda a combater a sarcopenia, a perda de massa muscular comum nesses pacientes, além de melhorar a sensibilidade à insulina”, explica.

O benefício não se limita à parte muscular. Há também indicações de efeitos positivos em outras áreas, como a proteção contra danos neurodegenerativos e doenças cardiovasculares, embora essas pesquisas ainda estejam em andamento.
Entretanto, o uso da creatina requer atenção, especialmente para pacientes com comorbidades. “Pessoas com doenças renais ou hepáticas graves devem ter cautela e usar o suplemento sob supervisão médica, uma vez que, em doses elevadas ou em contextos clínicos específicos, pode haver complicações”, alerta Camargos.
A dose recomendada de creatina é de 3 a 5 g por dia, sendo que a versão monohidratada é a mais estudada e segura.
Além disso, a forma de consumo também é relevante. Camargos recomenda que a creatina seja diluída em água, preferencialmente após o treino, para otimizar a absorção, especialmente quando combinada com carboidratos e proteínas.
“A insulina, liberada após a ingestão de carboidratos, facilita o transporte de creatina para os músculos, potencializando seus efeitos”, conclui o nutricionista.