O acerto de Motta e Marina Silva sobre o PL do licenciamento ambiental
Em reunião com Marina Silva, presidente da Câmara, Hugo Motta, acertou que dará mais tempo antes de pautar PL do licenciamento ambiental
atualizado
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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), nesta terça-feira (27/5), logo após ser ofendida e abandonar uma comissão no Senado.
Na reunião com Motta, Marina debateu o projeto que cria a Lei Geral do Licenciamento Ambiental. A proposta já foi aprovada na Câmara, que voltará analisar as mudanças no texto feitas pelos senadores.
Segundo participantes da reunião, Motta acertou com Marina e com lideranças presentes que não pautará o projeto já nesta semana e que, como de costume, gostaria de um consenso para votar o licenciamento.
Os próprios líderes da Câmara já pediram mais tempo para analisar o texto que veio do Senado. Entretanto, o presidente da Casa deixou claro a Marina silva que, cedo ou tarde, o texto será votado.
Projeto divide governo
O Licenciamento Ambiental é mais uma das pautas que divide o núcleo do governo Lula. O Ministério do Meio Ambiente, comandado por Marina Silva, já deixou claro ser contra a proposta.
A pasta acusa o projeto de lei do licenciamento de desestruturar o regramento ambiental, o que poderia trazer consequências para a proteção do meio ambiente.
Do outro lado, ministros como Rui Costa, da Casa Civil, e Carlos Fávaro, da Agricultura, defendem a proposta.
“Acho que é um projeto que avança muito sem precarização. Eu acho que é um projeto de lei que, quando transformado em lei, vai dar ao Brasil uma grande capacidade, principalmente para licenciar obras de infraestrutura, o que vai garantir ao Brasil um crescimento sustentável. Porque crescimento econômico tem que estar aliado a crescimento em investimentos em infraestrutura”, defende o chefe da Agricultura.
Já na Câmara, o líder do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ), avisou nos bastidores que a bancada deverá se posicionar contra o texto, com um alinhamento maior ao que defende a ministra do Meio Ambiente.