Operação Fantasos: PF mira R$ 1,5 bilhão de golpista preso na Suíça
Durante as apurações, a PF identificou que Douver Braga e seus operadores adquiriram mais de 130 imóveis no estado do Rio de Janeiro
atualizado
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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (27/5), a segunda fase da Operação Fantasos, voltada ao combate de crimes financeiros e lavagem de dinheiro praticados por meio de criptoativos. O principal alvo é um esquema fraudulento internacional que movimentou mais de R$ 1,5 bilhão, lesando milhares de investidores em diversos países.
Nesta etapa da operação, os policiais cumprem cinco mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais nas cidades do Rio de Janeiro, Niterói, Petrópolis e Duque de Caxias. Além disso, a Justiça Federal determinou o sequestro de bens e valores até o montante de R$ 1,5 bilhão.
Segundo as investigações, o esquema, estruturado no modelo conhecido como pirâmide financeira (ou esquema Ponzi), foi articulado por Douver Torres Braga, que se apresentava como uma espécie de mistura de animador e missionário para atrair investidores ao redor do mundo.
Ele liderava uma empresa que, entre dezembro de 2016 e maio de 2018, arrecadou mais de US$ 295 milhões, o equivalente a cerca de R$ 1,6 bilhão, mediante falsas promessas de lucros elevados com investimentos em criptomoedas.
Braga foi preso em fevereiro deste ano, na Suíça, após um mandado internacional expedido pela Interpol. Ele é acusado de ter lesado mais de 100 mil investidores, incluindo brasileiros e norte-americanos.
A primeira fase da Operação Fantasos, deflagrada em 30 de abril, resultou na apreensão de bens de alto valor pertencentes ao grupo criminoso, como embarcações, veículos de luxo, relógios, joias, dinheiro em espécie e criptoativos.
Durante as apurações, a PF identificou que Douver Braga e seus operadores adquiriram mais de 130 imóveis no estado do Rio de Janeiro, além de carros de luxo, uma embarcação e dezenas de relógios, todos comprados com recursos provenientes da fraude.