Bombeiro tatuador se entrega após matar dono de hamburgueria a tiros
Atirador e vítima teriam suposta disputa sobre terreno comercial em Sobradinho. Estopim teria sido construção de muro entre imóveis dos dois
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O tatuador e terceiro-sargento reformado do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) Ariston Ferreira Campos (foto em destaque), 50 anos, apresentou-se na 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), após matar o empresário Joárdenes Rufino Sousa da Silva, 44, dono de uma hamburgueria na região istrativa.
Ariston estava foragido desde a tarde de terça-feira (3/6), quando cometeu o crime. O assassinato ocorreu em plena luz do dia, por volta das 15h, na Quadra 13 de Sobradinho, em frente ao estabelecimento da vítima.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Ariston chama Joárdenes para fora da lanchonete. Em seguida, os dois discutem rapidamente, e o tatuador saca uma arma, disparando à queima-roupa contra o empresário.
A vítima foi atingida no abdômen e caiu. Militares do Corpo de Bombeiros tentaram reanimar Joárdenes por cerca de 40 minutos, mas ele não resistiu.
Veja imagens:
Relembre o caso
- O crime teria sido ocorrido após uma discussão que envolvia a construção de um muro.
- Uma testemunha relatou que o bombeiro caminhou em direção a Joárdenes e, após uma breve discussão, atirou no empresário.
- Câmeras de segurança registraram imagens desde quando a vítima foi abordada pelo bombeiro até o momento do assassinato.
A construção do muro teria sido o estopim para um conflito que se arrastava há mais de um ano. Testemunhas contaram à polícia que Joárdenes decidiu erguer a estrutura para ter mais privacidade em casa – no mesmo local em que produzia hambúrgueres.
Contudo, os desentendimentos supostamente começaram em fevereiro de 2024, quando Ariston comprou uma casa da mãe do declarante, no Setor de Mansões de Sobradinho.
Em troca da casa, Ariston cedeu ao empresário dois apartamentos contíguos, na Quadra 13, onde ocorreu o crime. Contudo, o estúdio de tatuagem do bombeiro funcionava em um dos imóveis oferecidos por ele.
Mesmo depois de entregar os apartamentos em troca da casa, o terceiro-sargento continuava a trabalhar no estúdio, além de ter instalado câmeras na área.
Quando Joárdenes se mudou para um desses apartamentos, ficou incomodado com a vigilância e com o fato de o tatuador não ter deixado o estúdio. Assim, decidiu construir um muro entre os dois imóveis, o que gerou uma série de discussões.
No dia do assassinato, o bombeiro reformado chegou ao prédio e percebeu que havia um muro em construção no local. Ele conversou com o pedreiro que erguia a estrutura e confirmou que se tratava de uma separação entre os imóveis. Em seguida, foi a Ariston, discutiu com a vítima e atirou nela.
A coluna Na Mira também apurou que o pedreiro responsável pela construção do muro chegou a pedir as contas ao empresário, devido a ameaças recebidas do bombeiro.