Bancos chamam para conversa governador que pode enfrentar Lula em 2026
Reuniões com presidenciáveis são comuns entre os grandes bancos, que buscam saber o que pensam os políticos que podem comandar o país
atualizado
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Ao menos dois grandes bancos chamaram para uma conversa recentemente o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), um dos possíveis candidatos de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pelo Palácio do Planalto em 2026.
Nas últimas semanas, Ratinho se reuniu com as cúpulas do Bradesco e do Santander nas sedes das instituições em São Paulo. Nos encontros, ele destacou algumas ações liberais do seu governo, como a privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel), concluída em 2023.
Em seu segundo mandato — portanto, sem possibilidade de disputar a reeleição novamente —, o governador paranaense é visto como um nome da “direita moderada” com potencial na corrida presidencial.
Pesquisa Genial/Quaest divulgada na última quinta-feira (5/6) coloca Ratinho como um dos cinco possíveis candidatos à Presidência da República que empatariam com Lula em um eventual segundo turno.
Segundo o levantamento, Ratinho subiu três pontos percentuais desde março e agora soma 38% das intenções de voto, contra 40% de Lula — a margem de erro é de dois pontos.
Além dele, também aparecem empatados com Lula nas sondagens o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível.
Embora receba apoio público do presidente do PSD, Gilberto Kassab, Ratinho ganhou uma concorrência interna no último mês, quando Eduardo Leite se filiou ao seu partido, após deixar o PSDB, colocando-se como presidenciável.
Ao contrário do governador gaúcho, Ratinho ainda não tem investido na nacionalização do seu nome, fazendo agendas em outros estados. Para aliados, o desempenho dele nas pesquisas neste contexto reforça a competitividade do paranaense na corrida presidencial.
Os mais céticos, contudo, acreditam que o resultado nas sondagens de intenção de voto tem impacto da confusão feito por eleitores entre o nome do governador do Paraná e o do pai dele, o apresentador Ratinho, que está há quase três décadas na TV.