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Ninguém ganha com um planeta destruído (por Mariana Caminha)

São quase 30 anos de negociações climáticas — e, embora os avanços tenham sido muitos, ainda há um longo caminho

atualizado

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Dominika Zarzycka/NurPhoto via Getty Images
Participantes caminham em frente ao logotipo da COP27 na Zona Verde no quarto dia da COP27 Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada pela UNFCCC no Sharm El-Sheikh International Convention Center
1 de 1 Participantes caminham em frente ao logotipo da COP27 na Zona Verde no quarto dia da COP27 Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada pela UNFCCC no Sharm El-Sheikh International Convention Center - Foto: Dominika Zarzycka/NurPhoto via Getty Images

Tive o prazer de conhecer a diplomata costa-riquenha Christiana Figueres há alguns anos, em Londres. Completamente intimidada pela força daquela mulher — que liderou as negociações do Acordo de Paris, em 2015 —, não me atrevi a me aproximar. Fiquei feliz apenas em ouvi-la e observá-la cercada por pessoas do mundo inteiro, ávidas por uma palavra sua.

Quase uma década depois do Acordo de Paris, Christiana permanece otimista, apesar do ritmo lento no cumprimento das metas climáticas. Para ela, o otimismo não é ingenuidade — é uma escolha consciente, bem informada, baseada no reconhecimento dos enormes desafios. Foi o que afirmou em uma recente entrevista ao site Fair Planet. Entre suas maiores decepções está o comportamento da indústria dos combustíveis fósseis e seus lucros exorbitantes ao longo do tempo. Ainda assim, ela vê sinais positivos: a demanda por esses combustíveis está em queda, o que considera uma boa notícia.

No campo da ação climática, sabe-se que já temos a tecnologia, o capital e o conhecimento científico necessários para reduzir pela metade as emissões até 2030. Falta agora transformar possibilidade em ação.

Em sua newsletter publicada no fim de 2024, no site do grupo Global Optimism, Christiana compartilhou a emoção de se tornar avó, justamente enquanto se preparava para a COP29, em Baku. Era um misto de alegria e apreensão diante do mundo que esse novo ser encontraria. Ao ler suas palavras, lembrei-me de um evento aqui em Brasília em que a jornalista Sônia Bridi — uma das grandes vozes do jornalismo ambiental brasileiro — falava, também emocionada, sobre as incertezas deste mundo volátil. E sobre o futuro de seus netos.

Já são quase 30 anos de negociações climáticas — e, embora os avanços tenham sido muitos, ainda há um longo caminho. Além das metas do Acordo de Paris, os países agora concordaram em eliminar gradualmente os combustíveis fósseis, encerrar subsídios ineficientes, deter o desmatamento até 2030, operacionalizar o mercado global de carbono e, em sua maioria, aderiram ao Global Methane Pledge.

Governos, organizações e líderes de todo o mundo agora se preparam para a COP30, em Belém. A expectativa de vozes como a de Christiana Figueres é que o encontro seja menos sobre negociações e mais sobre ação. Que traga soluções concretas, com foco em financiamento sustentável, tecnologia e equidade.

Sobre isso, Christiana é clara: a COP precisa reconhecer que a atual degradação da natureza — com a escassez de água doce e a poluição dos oceanos — afeta diretamente a vida de comunidades no mundo inteiro.

Entre as muitas frases marcantes que ouvi dela, uma segue ecoando dentro de mim: “Ninguém ganha com um planeta destruído.”

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