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Um balanço dos erros de Lula (por Ricardo Guedes)

Torço pelo êxito, mas quando os erros superam os acertos, temos que focá-los, devido às consequências na sequência política e social

atualizado

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Presidente Lula e ministro Haddad lado a lado - Metrópoles
1 de 1 Presidente Lula e ministro Haddad lado a lado - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

O que é o erro? Adam Przeworski define o erro em Ciências Sociais como uma relação tripartite entre os objetivos a serem atingidos, as condições externas que possibilitam ou impedem em se atingir estes objetivos, e as decisões efetivamente tomadas. Se o objetivo era resolver os problemas da população e dar continuidade ao projeto político, as decisões foram erradas.

 

Vamos lá:

1. O PIB não cresce. O PIB, estagnado em dólares correntes desde a entrada de Bolsonaro no governo, continua na faixa dos US$ 2.0 trilhões. E a renda per capita, em dólares correntes, não aumenta, com um pequeno decréscimo, lembrando que a economia é o fator preponderante em eleições. Falta um projeto de desenvolvimento econômico. Haddad é um excelente ministro, dentro das possibilidades e limites que o condicionam. Mas a política econômica, hoje, do Lula III, está mais próxima da política de mercado que aguarda o desenvolvimento do por vir, do que de um plano de desenvolvimento econômico que case nova demanda com nova oferta. Assim foi no Lula I e II, com Meirelles, unindo os programas sociais com crédito para o setor produtivo, com o desenvolvimento do país.

2. Composição política interna equivocada. Na busca do apoio político no Congresso, a estratégia saiu ao inverso. Hoje, da verba disponível no Orçamento da União, cerca de 5% do Orçamento, metade é gerida pelo Governo, e a outra metade em Emendas Parlamentares pelos 594 Senadores e Deputados Federais, em nível recorde na história do país. Ao invés de obter apoio, o Governo torna-se quase um “refém” do Congresso Nacional.

3. Política externa equivocada. O Brasil perdeu sua condição de um dos possíveis países mediadores na política internacional, o que sempre lhe trouxe benefícios políticos e econômicos, para uma situação de ambivalência política, que oscila de um lado para outro, com incerteza, e perda de seus privilégios. A posição ambígua sobre a Guerra da Ucrânia, o conflito do Oriente Médio, a Venezuela, e, recentemente, a declaração de apoio a Kamala Harris, independentemente daquilo que no íntimo se quer, são, sem dúvidas, erros políticos no cenário internacional, com a diminuição dos privilégios e benefícios econômicos para o país. No G-20 este ano no Brasil, Lula obteve vitórias parciais, como a adesão à luta contra a fome, mas no que se considera como estratégico os resultados foram pífios. Ou, nas palavras de Simon Schwartzman em seu artigo recente, o G-20 serviu mais para “turismo diplomático” do que para a solução de problemas cruciais hoje das relações políticas e econômicas entre os países.

Não se deve subestimar os adversários. Vide Trump. Quando se chega ao poder, acha-se que se é “imortal”, naquilo que Marx chama de a “alienação do poder”, meio caminho andado para o tombo.

Último ano para se tentar alguma coisa.

 

Ricardo Guedes é Ph.D. pela Universidade de Chicago e CEO da Sensus

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