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No seminário que reuniu hoje, em São Paulo, a esquerda do PT, ou o que ainda resta dela, João Pedro Stédile, líder do MST, chamou Antonio Palocci de Malocci – uma mistura do sobrenome do atual ministro da Fazenda com o sobrenome do seu antecessor, Pedro Malan.
Participaram do seminário intelectuais históricos do PT, como o jurista Fábio Konder Comparato, o sociólogo Emir Sader e o economista Paulo Nogueira Batista Júnior, além da prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins. O pau cantou no lombo do governo.
Para 2006, os grupos de esquerda consideram que o partido só deve tentar a reeleição de Lula se houver uma mudança real de rumo e condições de implantação do plano original de governo.
– Diziam que o Jango (João Goulart) subiu no cavalo, mas não tinha as rédeas. O companheiro Lula chegou ao poder mas não tem as rédeas. Precisamos desfazer essa armadilha da governabilidade. Precisamos ganhar a presidência para dizer que o que está acontecendo com o governo não é em nome do socialismo do PT – discursou Plínio de Arruda Sampaio, o mais aplaudido na intenção de substituir José Genoino no comando nacional do PT.
Stédile acusou o governo Lula de fazer menos pela reforma agrária do que o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Por sua vez, o vice-presidente da República, o empresário José de Alencar, em entrevista ao jornal Estado de Minas, também criticou o governo do qual faz parte. Disse, entre outras coisas, que nada de relevante foi feito até agora nas áreas de educação e saúde. E, para variar, criticou os juros altos.
(Publicado aqui em 23 de março de 2005)
