Pedaços de lixo espacial caem na Terra diariamente, diz relatório
Reentrada do lixo espacial na Terra afeta a camada de ozônio, piorando as condições climáticas do planeta
atualizado
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Todo objeto lançado pelos seres humanos para o espaço, e que permanece em órbita ao redor do planeta, é considerado lixo espacial e pode voltar à Terra a qualquer momento. Um novo relatório da Agência Espacial Europeia (ESA), divulgado em 1º de abril, mostra que ao menos três satélites ou foguetes antigos caem de volta na Terra diariamente.
O Relatório Anual do Ambiente Espacial revela que cerca de 1,2 mil objetos intactos entraram novamente na atmosfera do nosso planeta em 2024. A quantidade de lixo espacial aumentou ao longo do último ano, com cerca de 45,7 mil objetos maiores que 7,5 cm orbitando a Terra. Parte do aumento do volume desses detritos está relacionado ao fim das vidas úteis dos satélites.
Atualmente, há cerca de 9,3 mil aeronaves ativas circulando ao redor da Terra e novos lançamentos podem adicionar ainda mais peças nessa estatística. Outro fator que tem aumentado o lixo espacial é o lançamento de novos satélites feitos por empresas como a Starlink, de Elon Musk.
Riscos da reentrada de lixo espacial na Terra
A reentrada de lixo espacial no nosso planeta tem impactos no meio ambiente. Os satélites que voltam liberam óxidos de alumínio e outros poluentes que podem prejudicar e acelerar a destruição da camada de ozônio, contribuindo para mudanças climáticas mais severas.
Também há o risco de fragmentos caírem em lugares habitados, atingindo pessoas ou residências. Contudo, como a maior parte da superfície terrestre é coberta por oceanos ou áreas desabitadas, as chances de um pedaço de lixo espacial atingir uma pessoa são muito pequenas.

Apesar disso, alguns eventos dessa magnitude já foram registrados. Este ano, fragmentos carbonizados do foguete Falcon 9 da SpaceX se espalharam em parte da Polônia e Ucrânia. Em 2024, um estilhaço de metal derretido perfurou o telhado de uma casa na Flórida, nos Estados Unidos. O objeto tinha dez centímetros.
Mesmo com medidas de controle para remover rapidamente satélites antigos de órbita, o relatório aponta que ainda existem muitos objetos sendo deixados para trás, aumentando o risco de colisão com a Terra. Mesmo que 90% das naves fossem retiradas do espaço, o número de detrimentos espaciais ainda continuaria a crescer.
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