Fraude no INSS: novo ministro da Previdência prepara trocas na pasta
Após “farra do INSS”, novo ministro da Previdência fará trocas em cargos estratégicos da equipe nomeada por seu antecessor, Carlos Lupi
atualizado
Compartilhar notícia

Nomeado na semana ada após a Polícia Federal deflagrar uma operação contra a “farra do INSS“, revelada pelo Metrópoles, o novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT), prepara trocas na pasta.
Segundo apurou a coluna, Wolney fará mudanças em cargos estratégicos da equipe que havia sido nomeada por Carlos Lupi (PDT), que pediu demissão do cargo de ministro após o escândalo estourar.
O novo ministro pretende trocar, por exemplo, o chefe de gabinete de Lupi, Marcelo Oliveira la. O próprio la, de acordo com fontes do PDT, teria comunicado a Wolney o desejo de deixar o cargo.
O novo titular da pasta também pretende fazer mudanças na Secretaria do Regime Geral de Previdência Social, que cuida diretamente do INSS. O atual secretário, Adroaldo Portal, deve deixar o cargo.
De acordo com interlocutores, Wolney pretende levar Adroaldo para “mais perto” do gabinete ministerial. O secretário poderá assumir a chefia de gabinete ou uma assessoria especial do ministro.
Wolney tem dito a aliados que pretende fazer as mudanças para imprimir seu “próprio ritmo” ao ministério, e não porque os servidores estariam envolvidos em irregularidades.
Metrópoles revelou escândalo do INSS
O escândalo do INSS, o Instituto Nacional do Seguro Social, foi revelado pelo Metrópoles por meio de em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023.
Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude na filiação de segurados.
As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal e também abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU).
Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela PF na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril, e que culminou nas demissões do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e de Lupi.