Amarrado e dopado: saiba como brasileiro causou terror em voo de Paris
O próprio comandante da aeronave confirmou que houve risco real à segurança do voo e que a atuação rápida da tripulação foi fundamental
atualizado
Compartilhar notícia

Um voo que deveria ser tranquilo e rotineiro entre Paris e São Paulo se transformou em cenário de terror para os ageiros e tripulantes do voo AF 454, da Air . O motivo? Um ageiro brasileiro, identificado como Ricardo Bispo Moraes (foto em destaque), de 44 anos, tentou abrir a porta da aeronave em pleno voo, causando pânico generalizado e obrigando a tripulação a conter o homem com cordas e sedá-lo com medicamentos fortes.
A coluna apurou detalhes do episódio ocorreu em 25 de março, poucas horas após a decolagem do Aeroporto Charles de Gaulle. De acordo com depoimentos colhidos pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos, Ricardo já demonstrava comportamento alterado desde o início do trajeto. Ele se recusava a permanecer sentado, perambulava pelos corredores do avião e encarava outros ageiros, visivelmente agitado.
A situação atingiu o ápice quando o ageiro se dirigiu à porta da aeronave e tentou abri-la em pleno voo. Imediatamente, a tripulação interveio, sendo auxiliada por outros ageiros. Ricardo precisou ser amarrado ao assento com cintas de segurança improvisadas.
Para controlar o surto e evitar riscos maiores, um médico que estava entre os ageiros aplicou duas doses de Diazepan, às 22h10 e às 23h, e uma dose de Loxapina às 00h05, medicamentos com efeito sedativo. A medicação foi suficiente para estabilizar Ricardo, que ainda apresentava sinais de sedação ao desembarcar em São Paulo, onde foi imediatamente levado sob custódia pela Polícia Federal.
O brasileiro foi preso em flagrante e indiciado com base no artigo 261 do Código Penal, que trata de atentado contra a segurança de transporte público, crime que prevê pena de reclusão de dois a cinco anos. De acordo com documentos oficiais, o próprio comandante da aeronave confirmou que houve risco real à segurança do voo e que a atuação rápida da tripulação foi fundamental para evitar uma tragédia.
Segundo a polícia, Ricardo havia tentado entrar na França para trabalhar na construção civil, mas foi barrado pela imigração sa e deportado no mesmo dia, o que pode ter contribuído para seu estado psicológico instável.