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Cinco anos de Covid-19: relembre as “sequelas” deixadas pela pandemia

Doença não é mais tomada como ameaça, mas OMS vê subnotificação no número de mortos e os efeitos da Covid longa

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Marcos del Mazo/LightRocket via Getty Images
Covid na Europa
1 de 1 Covid na Europa - Foto: Marcos del Mazo/LightRocket via Getty Images

Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi notificada sobre casos de uma “pneumonia de origem desconhecida” na cidade chinesa de Wuhan. Era o primeiro alarme da existência da Covid-19, doença que levou o mundo à pior pandemia enfrentada em um século.

Em 11 de março de 2020, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que a Covid-19 estava caracterizada como uma pandemia.

Cinco anos depois dos primeiros casos da doença, a Covid-19  não é vista como uma ameaça, mas continua a deixar vítimas e a manter em alerta instituições como a OMS.

Em 2024, por exemplo, a agência da ONU registrou três milhões de casos em todo o mundo e 70 mil mortes. O número é 50 vezes menor do que os 3,52 milhões de mortes contabilizadas em 2021, o ano mais letal da pandemia.

Na conta da OMS, 777 milhões de casos e sete milhões de mortes por Covid-19 se acumularam nos últimos cinco anos, embora a própria agência reconheça que o número real de mortes seja até três vezes superior ao estimado e ultrae os 20 milhões.

O vírus SARS-CoV-2 se transformou com o tempo, com a vacinação da população e a evolução da cepa para variantes mais contagiosas, mas menos letais. Aos poucos, o agente patogênico da Covid-19 se tornou comparável ao de uma gripe: uma doença que na maioria dos casos causa sintomas ligeiros ou moderados, embora ainda possa ser perigosa para os idosos e outros grupos vulneráveis.

“Já não se ouve falar de Covid, mas o vírus continua a circular amplamente em todo o mundo. Não há muita visibilidade porque já não há tantos testes, a vigilância foi reduzida”, disse a especialista da OMS Maria Van Kerkhove, epidemiologista que lidera a resposta da agência à doença desde 2020.

Por meio de testes feitos nas águas residenciais de diferentes países, a OMS acredita que a circulação real do vírus pode ser até 20 vezes superior à estimada oficialmente. A preocupação agora é com a chamada Covid longa, que afeta com sequelas duradouras 6% das pessoas que se recuperam de casos graves da doença.

“Afeta múltiplos órgãos, do coração aos pulmões e ao cérebro, ou pode mesmo ter consequências para a saúde mental”, afirmou Kerkhove em uma transmissão da OMS que analisou os cinco anos da doença. A ONU também trabalha para aprovar um novo tratado internacional sobre preparação contra futuras pandemias, mas tem enfrentado forte resistência do setor farmacêutico.

Cronologia de uma pandemia

O primeiro alerta emitido pela OMS soou no dia 5 de janeiro de 2020, quando a agência disse ter identificado, cinco dias antes, uma “pneumonia de origem desconhecida”.

O coronavírus logo se mostrou transmissível entre humanos, uma das principais etapas evolutivas para que se tornasse uma epidemia, obrigando a OMS a declarar emergência internacional em 30 de janeiro de 2020 e a considerá-lo uma pandemia em 11 de março.

Um dia depois, o vírus fazia a primeira vítima no Brasil — uma mulher de 57 anos —, mas seu óbito em São Paulo demorou meses para ser identificado como decorrente da Covid-19. Até junho de 2020, se acreditava que a primeira morte pela doença tinha acontecido em 18 de março.

Essas foram as primeiras vítimas de um vírus que, até 2023, matou 700 mil pessoas no Brasil. O número coloca o país no segundo lugar do ranking de mortes por Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos.

O avanço da doença em todo o mundo levou a políticas de confinamento e limitação de transporte, e um caos generalizado na saúde pública, que tentava se adaptar a uma realidade com a qual o planeta não estava preparado.

O período ficou marcado por uma intensa discussão sobre o tipo de tratamento adequado e estratégias para impedir a disseminação do vírus, que transformou a emergência da saúde em uma disputa política atravessada pela desinformação.

No Brasil, cloroquina e ivermectina

No Brasil, o então presidente Jair Bolsonaro defendeu e estimulou o uso de medicamentos não indicados para o tratamento de Covid, como a cloroquina e a ivermectina, e promoveu ataques e desinformação contra as vacinas.

Ao mesmo tempo, os cientistas se empenharam em uma corrida contra o vírus, desenvolvendo em tempo recorde as primeiras vacinas com base em novas tecnologias de RNA mensageiro.

Cinco anos depois, o lockdown ficou no ado, juntamente com as campanhas de vacinação em massa, agora limitadas a idosos, profissionais de saúde e outros grupos de risco, embora a doença ainda esteja presente.

“Ainda temos cerca de 4 mil mortes por mês, mas muitos países não informam mais os dados à OMS. Apesar de não estarmos na mesma situação de 2020, 2021 ou 2022, o vírus veio para ficar”, disse Kerkhove.

Covid longa e obstáculos políticos

A OMS continua a recomendar que as pessoas com mais de 65 anos e outros grupos vulneráveis sejam vacinadas regularmente para evitar formas graves da doença que levem à hospitalização. A atual vacina se baseia principalmente na subvariante JN.1, a mais difundida e decorrente da ômicron.

Agora, porém, a maior preocupação da organização é com a Covid persistente, ou Covid longa, uma condição ainda não completamente sistematizada nos anais médicos devido aos múltiplos sintomas que produz, como a fadiga persistente.

“Sabemos que o risco de desenvolvê-la aumenta se a pessoa for reinfectada, e que a vacinação com pelo menos duas doses a reduz até a metade [essa possibilidade]”, afirmou Kerkhove.

As sequelas da pandemia também avançam sobre as negociações políticas. A agência tem movimentado uma campanha para destravar um tratado sobre preparação contra futuras pandemias, que está em negociação há quase três anos e foi desenhado com base no despreparo global para lidar com patógenos como a Covid-19.

O objetivo é preparar todos os países para futuros agentes com potencial pandêmico, sejam novos coronavírus ou qualquer outro agente ainda desconhecido, apelidado de “doença X”.

A organização, porém, não conseguiu que o tratado fosse assinado na assembleia que promoveu em julho de 2024. Os países não concordaram em questões comerciais de distribuição de vacinas, tratamentos e testes de diagnóstico em caso de pandemia. Aspectos do acordo, como a flexibilização das patentes de medicamentos em caso de pandemias, ainda geram resistência.

“As pessoas querem atirar a Covid para o ado, fingir que nunca aconteceu porque foi traumático, mas isso impede que nos preparemos para o futuro”, alertou Kerkhove.

Leia a reportagem completa no Deutsche Welle, parceiro do Metrópoles.

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