Dólar a a subir e Bolsa recua com Fed e Banco Central no radar
Na véspera, o dólar fechou em forte baixa de 1,34%, cotado a R$ 5,60, o menor valor em 7 meses. Ibovespa bateu recorde histórico
atualizado
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O dólar ou a operar em alta na tarde desta quarta-feira (14/5), em um dia de agenda mais esvaziada nos mercados e no qual os investidores voltam suas atenções para eventos que contam com a participação de dirigentes dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos.
Dólar
- Às 15h17, o dólar subia 0,4%, a R$ 5,631.
- Mais cedo, às 13h28, a moeda norte-americana avançava 0,13% e era negociada a R$ 5,583.
- Na cotação máxima do dia até aqui, o dólar bateu R$ 5,636. A mínima é de R$ 5,583.
- Na véspera, o dólar fechou em forte baixa de 1,34%, cotado a R$ 5,60. Foi o menor valor em 7 meses, desde outubro de 2024.
- Com o resultado, a moeda dos EUA acumula perdas de 1,2% no mês e de 9,24% no ano.
Ibovespa
- O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), operava em queda.
- Às 15h19, o Ibovespa caía 0,33%, aos 138,5 mil pontos.
- Mais cedo, às 13h31, o indicador recuava 0,06%, aos 138,8 mil pontos.
- No dia anterior, o Ibovespa fechou o pregão disparando 1,76%, aos 138,9 mil pontos.
- Foi a maior pontuação da história do indicador. O Ibovespa renovou suas máximas tanto durante o pregão quanto no fechamento.
- Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula alta de 2,88% em maio e de 15,53% em 2025.
Banco Central e Fed
Ainda em busca de pistas sobre a trajetória futura da taxa básica de juros nos dois países, os investidores repercutem a participação de dirigentes do Banco Central (BC) e do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) em eventos ao longo do dia.
O presidente do BC, Gabriel Galípolo, tem uma série de compromissos previstos em Pequim, na China, entre os quais uma reunião com dirigentes da autoridade monetária chinesa.
Diretores da autoridade monetária brasileira participam da Conferência Anual do BC, que acontece em Brasília. Estão previstas as presenças de Nilton David (Política Monetária), Izabela Correa (Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta), Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos) e Renato Gomes (Organização do Sistema Financeiro e Resolução) na abertura do evento.
Nos EUA, o vice-presidente do Fed, Philip N. Jefferson, fará um discurso sobre as perspectivas econômicas do país.
Em outro evento, a presidente do Fed de San Francisco, Mary Daly, também deve falar.
Serviços
No cenário doméstico, outro destaque desta quarta-feira é a divulgação, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do resultado do setor de serviços em março deste ano.
Segundo o IBGE, o volume de serviços no Brasil registrou leve alta de 0,3% em março, na comparação com o mês anterior. Foi o segundo resultado positivo consecutivo.
Com isso, o setor de serviços se encontra 16,9% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 0,5% abaixo de outubro de 2024 (o pico da série histórica).
Já na comparação com março do ano ado, o crescimento foi de 1,9%.
Análise
Para Alison Correia, analista de investimentos e cofundador da Dom Investimentos, a euforia e o alívio no mercado não ocorre “apenas no Brasil, mas no mundo”. “O mercado está corrigindo todo aquele estresse que Donald Trump causou quando ameaçou com taxas muito mais agressivas”, avalia.
“Também colabora para esse otimismo o Trump abrindo negociações com a China, Paquistão e Índia. Ele fez um acordo com a Arábia Saudita de US$ 600 bilhões. Acredito que o tom otimista do Ibovespa deve continuar nos próximos dias, ainda mais com Trump mais flexível e com o pico dos juros aqui no Brasil”, conclui.